quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Infanta Cristina é imputada no Caso Nóos

Infanta Cristina é imputada no Caso Nóos igual ao seu marido, Iñaki Urdangarín
A Infanta Cristina, filha mais nova do Rei Juan Carlos I da Espanha, foi imputada no "Caso Nóos" pela segunda vez. Na primeira vez que foi imputada, a Infanta foi absolvida por falta de provas. Agora o juiz José Castro considera que há indícios suficientes para interrogar a Infanta da Espanha, "sem este pilar do Estado de Direto são abalados", pelos supostos crimes de lavagem de dinheiro e de fraude fiscal que haveria cometido através da Aizoon, a empresa cujo capital compartilhava 50% com seu marido e a que chegava o dinheiro obtido de maneira ilícita por Iñaki Urdangarín, informa a investigação.

O juiz José Castro escreveu em um auto de 227 páginas que "os delitos contra a Fazenda pública que se imputam a Iñaki Urdangarím dificilmente poderiam haver acontecido sem, quanto menos, o conhecimento e a aquiescência de sua esposa por muito que, de cara a terceiros, manteve uma atitude própria de que olha outro lado".

O instrutor vê indícios penais no uso dos fundos da Aizoon por parte da Infanta Cristina e Iñaki Urdangarín: "Levaram a cabo um reparte fático, fiscalmente opaco, de dividendos sobre a basa da disposição de fundos da Aizoon para atender os gastos pessoais. As faturações por gastos pessoais de dona Cristina de Borbón com cargo para a Aizoon supuseram uma dupla defraudação na IRPF e Imposto de Sociedades". A Infanta deverá se apresentar no tribunal dentro de dois meses, no sábado dia 08 de março. Tempo no qual deve ser anunciados os recursos da defesa da filha do Rei.

A Audiência Provincial de Palma destacou que a Aizzon foi uma mera tela para defraudar usada por Urdangarín. Na audiência mostrou que a Infanta da Espanha cometeu delitos de gestão de fundos da Aizoon.

A Casa do Rei expressou seu "respeito as decisões judiciais" após conhecer a decisão do juiz instrutor do caso Nóos, José Castro.

Após conhecer a decisão do juiz, a Infanta Cristina continuou sua rotina normal, levando seus quatro filhos, Juan Valentín, Pablo Nicolas, Miguel e Irene, na escola e depois indo para o trabalho na cidade de Genebra.

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